Câmara do Rio discute abertura de hospital no antigo prédio da IBM em Botafogo

Vereadores analisaram Projeto de Lei Complementar da Prefeitura que autoriza a instalação de um hospital com internação, na antiga sede da empresa, na Avenida Pasteur

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As torres comerciais foram desocupadas pela IBM em 2021 — Foto: Reprodução/Google Maps

Vereadores da capital fluminense discutiram, em audiência pública realizada na quinta-feira (12), a possibilidade de abertura de um hospital particular no antigo prédio da IBM em Botafogo, na Zona Sul carioca.

A Comissão de Assuntos Urbanos da Câmara Municipal (CMRJ), presidida por Pedro Duarte (NOVO), analisou o Projeto de Lei Complementar (PLC) 187/2024, que autoriza a instalação de um hospital com internação, na antiga sede da empresa americana, na Avenida Pasteur. O conjunto de imóveis está fechado há dez anos, após a saída da companhia. O PLC altera o uso local em relação do plano diretor vigente.

Durante a sessão, os vereadores discutiram os impactos sociais e urbanos da medida, que entraria em vigor em caráter excepcional e área específica. A iniciativa beneficiaria um projeto de expansão da cooperativa Prevent Senior. O texto da Prefeitura ressalta que o local é servido de boa estrutura viária e urbana para beneficiar os usuários da unidade de saúde, representando um grande ganho socioeconômico para a cidade e para a população.

A gestora de compliance da Prevent Senior, Teresa Christina Campos de Mello, destacou que a cidade precisa de mais unidades hospitalares na Zona Sul, além disso, a cooperativa também conta com uma grande carteira de clientes na região que demandam o serviço.

O coordenador especial da subprefeitura da Zona Sul, Bernardo Rubião lembrou que o direito à saúde é resguardado pelo Constituição Federal. Para Rubião, o local já está devidamente preparado para receber uma unidade hospital, já que os impactos de mobilidade já eram sentidos e amortecidos durante a operação da empresa global. Além disso, segundo Bernardo, a região tem a vantagem de contar com uma rede transportes integrada.

O vereador Rogério Amorim (PL), por sua vez, ponderou que a circulação de pessoas e veículos resultante do funcionamento de um prédio comercial é menor do que um hospital, que tem um impacto maior e uma lógica de o diferente, já que há embarque e desembarque de pessoas doentes – o que gera um deslocamento mais lento.

A presidente da Associação de Botafogo, Regina Chiaradia, criticou o PLC. Para ela, o bairro já tem escolas e hospitais demais, com claro prejuízo para a mobilidade da região. Regina destacou que os moradores de Botafogo não são contra a construção hospitais, mas nas adjacências, não no bairro. Ela disse lembrou que a pista local é estreita; o que leva a um sério risco de colapsar o trânsito da área, que já é complicado.

Por fim, Pedro Duarte, presidente da Comissão, ressaltou que o Rio de Janeiro pode se beneficiar com a abertura de mais um hospital, pois a população da cidade está envelhecendo e precisa ter o às unidades de saúde nas proximidade das suas residências. Para Duarte, a abertura do hospital será benéfica para todos.

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